quarta-feira, 29 de julho de 2009

Tee ,thé ,Tê oder ?




Aqui, onde moramos,algumas palavras de origem alemã estão incorporada ao linguajar coloquial da população e os que vem de fora, embora estranhem no início acabam absorvendo tais palavras e passam ,também,a usá-las no seu dia a dia , pois afinal as palavras são destinadas a facilitar a comunicação e o uso as consagra.Aqueles mais puristas acham um abuso e desrespeito à língua emprestar-se palavras de outras mas,isso é o habitual em todas os idiomas conhecidos;não existe nenhum,a não ser que estivesse completamente isolado, que não sofram modificações ao entrar em contato com outros.Aqui no Brasil desde o período colonial a língua portuguesa incorporou centenas de vocábulos dos nativos,assim como na África incorporou outros tantos, dos idiomas ali praticados,etc,etc.E isso só facilita e favorece a comunicação à proporção que novos étimos são incorporados ,o idioma cresce .Existem certos neologismos ou coloquialismos que tem ascensão meteórica ,passam ao vocabulário de um época mas como aparecem,somem.Outros permanecem para sempre.

Mas voltando a nossa região,o velhinho de barbas brancas, símbolo do Natal ,chamam-no de Nicolau e no início do ano é comuníssimo usar-se dizer :Prost Neujahr ao invés de Feliz Ano Novo. Na Páscoa usam dizer para o coelho: Osterhase (Schau mal, was mir der Osterhase dieses Jahr gebracht hat! (Olha só o que o coelhinho da Páscoa me trouxe este ano!) O doce ,em pasta,que usamos para passar no pão ou bolachas aqui é chamado de”mus” ,lá no Rio Grande usamos dizer schiemier(chimia). Até nos rótulos das geléias, pode ser visto escrito:doce tipo schimier. Uma curiosidade,quanto a isso ,é dizer-se marmelada de banana,marmelada de goiaba,etc.Creio que marmelada é unicamente aquela feita de marmelo.Mas, parece que na Europa usam dizer marmelade pra todas as formas de doce pastosos(jam)
Schiemier oder die Sießschmier.Eles usam dizer aqui schmiar o pão,por exemplo,que é o ato de passar o doce no pão.Não tem nada para “schmiar”o pão ?Vamos comer pão seco? Para lingüiça ,tipo pastoso, usada comumente no pão ,na torrada,etc, como patê chama-se schmierwurst.
Ao se cruzarem de manhã cumprimenta-se com um sonoro Guten Morgen ,mas em regionalismo suprime-se o guten e sobra o Morgen corrompida para “Móinn!” Ao se despedirem ,usam dizer-se auf-wiedersehen, e pergunta-se muito se tudo está alles blau,etc,etc Muito Obrigado: Dank schön, gut, so! bom,assim. So oder So ? Assim ou assim ? Entre muitas outras que no momento não me ocorre .
São famosas as cucas(kuchen) nos cafés da tarde :apfelstrudel, Streuselkuchen mit Pflaumen(ameixa)oder “bananne”Streuselkuchen,(a mais famosa )é a cuca com farofa, como cobertura

As vezes a falta de contato com tais regionalismo,gera desentendimento ou : Temos um casal de amigos ele é de origem italiana e ela de origem alemã. Um dia desses, ela lhe telefonou pedindo que ele comprasse tê (tee)Quando ele chega em casa ela pergunta:Trouxeste o Tee? Claro,responde ele,entregando o pacote.Ela abre e surpresa diz: mas o que é isso?O que é que tu trouxeste? O tê que foi pedido para comprar, responde.Ela diz: isso é um tê elétrico eu queria Tee (chá) pro nenê

Certa ocasião em uma partida de futebol em Indaial, cidade próxima, entre os “beppi” de Rio dos Cedros e os tedescos de Indaial houve uma fato curioso ,o narrador da partida, de origem alemã, que desconhecia certos vocábulos italianos, quis anunciar uma substituição .A disputa era acirrada e havia um “tedesco”mais agressivo que a torcida dos “beppi” queria a cabeça e gritava para seus jogadores :”GOLPELO! GOLPELO !!!” (golpeio-o)Ao que o narrador da partida sem entender o significado da palavra e interpretando como o nome de algum jogador engrossou o coro: :”GOLPELO! GOLPELO !!!” Agora teremos uma substituição ,a torcida italiana pede um novo jogador:”GOLPELO “Que entre o Golpelo!
JATeixeira

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Ao Jornalista



Prezado Senhor

Sem jogar nenhum confete, ou rasgar qualquer seda , sabemos que vós sois uma das vozes mais verazes e ouvidas na abrangência da V emissora .Por essa razão, por vossa ousadia ,coragem e determinação em ter sempre denunciado ,alertado e informado das situações sérias , das mais diversas matizes , e de interesses coletivo ; sempre imbuído de um espírito livre e julgamento justo .Por isso, queremos usar do vosso veículo de comunicação para chamar a atenção para o desperdício do dinheiro publico, para o desrespeito à população obreira, ao contribuinte que honra e paga em dia suas obrigações.
A cada dia que saio de casa, observo as mesmas lâmpadas acesas, em horário diurno: na SC 477 são 5 lâmpadas, e na estrada secundária são 08 lâmpadas(mistas) acesas dia e noite, ininterruptamente; são 160w de consumo unitário ;2080 w desperdiçados diuturnamente, sem considerar o envelhecimento das lâmpadas que vai abreviar sua vida útil. Esta é uma óbvia constatação de uma observação localizada; certamente cada pessoa que observa tais disparates e de regiões diversas teremos um maior número de lâmpadas acesas desnecessariamente ,e o que é pior as nossa expensas. E como diz na fábula de Phædro, um colibri ,com uma gotícula de água, não extingue o fogo de uma floresta mas ele faz a parte dele. Estamos fazendo a nossa parte ; tentamos a Celesc, que nos mandou para Secretaria de Obras da Prefeitura ,e nesta também não obtivemos resultados. Por isso estamos usando do Vosso espaço jornalístico para mostrar o descaso ou pouco caso que se dá a tais tipo de denúncias. E desperdício é desperdício, e como diz o ditado: não mereces as grandes coisas quem despreza as pequenas. Não é meramente uma lâmpada de 160w ,mas sim a gotícula que faz transbordar. Nos recusamos a pensar que exista propósitos embutidos, para favorecer X ou Y fornecedores de lâmpadas, em tal conduta; cremos que parece muito mais uma falta de orientação sistemática. Um protocolo casual e pertinente .Uma fiscalização consciente e atuante .Não é meramente a verificação in loco das tais lâmpadas em questão ,mas uma atuação constante e eficaz sempre .O estado somos todos nós. As pessoas passam, são substituídas, são preteridas, são esquecidas .A nossa urbe não ela é a essência, a alma de todos nós
Acreditamos que compete a cada cidadão denunciar as mazelas ,os descasos, o desrespeito que perpetra-se, todos os dias contra nós ,contra a população que trabalha, constrói, produz; além de dever cívico e moral é também um alívio nas nossas contas ,pois afinal os recursos financeiros do tesouro municipal, são oriundos da nossa lida, do nosso bolso, do que depositamos , contribuímos com a expectativa de poder melhorar as vidas de todos nós. Afinal o maior tesouro ou erário estatal é a sua própria população .Aquela que produz, trabalha . Aquela que é honrada, justa e cônscia dos seus deveres .Só que concomitante a isso não somos devidamente reconhecidos; sendo ,muitas vezes, até penalizados por nossa honradez e fidúcia.

JATeixeira

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Como Suportar o Inevitável



“Eu poderia suportar todos os males que a vida me impusesse, menos uma coisa: a cegueira. Isso jamais eu poderia aguentar”. Booth Tarkington novelista e dramaturgo americano,

Qualquer um pode questionar: dos males da vida, qual serão aqueles que não suportaríamos?

Todos nós, temos limites e medos. E então, qual é a carga máxima que podemos suportar?

A experiência que o Sr Tarkington viveu foi especial neste sentido. Um dia, quando já passava dos seus sessenta anos, olhou o tapete que cobria o assoalho. As cores estavam opacas e confusas. As imagens embaralhadas impediam-lhe de distinguir o desenho. Procurou o oftalmologista e recebeu a trágica notícia: estava perdendo a visão. Um olho já estava quase inútil; o outro seguia o mesmo caminho. Ocorreu o que ele mais temeu a vida inteira: a cegueira .

Mas, para sua própria surpresa, sentia-se alegre, e com bom humor ele ria das manchas indistinguíveis que flutuavam perturbando-lhe a visão. Quando elas passavam e dizia para mancha maior:

Olá! Lá está o vovô de novo! Para onde será que vai nesta bela manhã?

Quando ficou completamente cego,ele disse: “Verifiquei que podia suportar a perda de meus olhos exatamente como o homem pode suportar qualquer outra coisa. Se perdesse todos os meus cinco sentidos, sei que poderia viver dentro da minha mente, pois é através do cérebro que vemos, e é nele que também vivemos, quer saibamos disso ou não.”

Na expectativa de recuperar a visão, submeteu-se, a várias cirurgias. E aceitava tudo com extrema dignidade.Recusou o quarto particular que lhe reservaram no hospital e foi para um ambiente coletivo, onde mantinha contato com outras pessoas que também passavam por dificuldades. Quando teve que se submeter às repetidas cirurgias, ele mostrou que é sempre possível suportar o inevitável

É preciso entender o inevitável como ter resignação diante de circunstâncias que a vida nos impõe e esta uma aceitação das leis naturais do Universo. O Criador é justo e bom. Suas Leis são perfeitas. Os fardos que carregamos são proporcionais à nossa capacidade de suportá-los.Os fardos sempre nos tornam mais fortes, experientes e nos amadurecem, quando suportados com resignação e coragem.

A partir de: “Como evitar preocupações e começar a viver, de Dale Carneggie”